Justiça condena empresários a mais de 100 anos de prisão por lavagem de dinheiro, extorsão e ligação com o PCC no Vale do Paraíba

  • 04/11/2025
(Foto: Reprodução)
Imagem de arquivo - Operação contra organização criminosa apreendeu armas e mais de R$ 200 mil em espécie São José e Jacareí Reprodução/TV Vanguarda A Justiça de São José dos Campos condenou 11 réus investigados por lavagem de dinheiro, extorsão e envolvimento com uma facção criminosa que atua no Vale do Paraíba. Parte dos condenados atua como empresário e recebeu penas que ultrapassam 100 anos de prisão. As sentenças, proferidas pela juíza Marise Terra Pinto Bourgogne de Almeida, da 5ª Vara Criminal, são resultados do mesmo processo que motivou, em 2024, a decretação de prisões preventivas de empresários na região. Kleber Nunes Faria de Sousa, conhecido como “Klebinho”, foi condenado a 115 anos de prisão, e Nestor Favian Hernandez Perez, o “Fabianinho”, recebeu uma pena de 105 anos. De acordo com o processo, a dupla comandava o esquema criminoso. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Vale do Paraíba e região no WhatsApp Outros nove réus foram condenados por integrar e financiar uma organização criminosa estruturada que, segundo o Ministério Público, atuava em cidades como São José dos Campos e Jacareí desde 2013. Veja os vídeos que estão em alta no g1 As investigações foram conduzidas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e pelo Setor Especializado de Combate aos Crimes de Corrupção, Crime Organizado e Lavagem de Dinheiro (Seccold), da Polícia Civil. As prisões foram efetuadas com a ajuda de PMs do Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep). As investigações apontaram que os empresários comandavam um esquema de empréstimos ilegais com juros abusivos e cobranças sob ameaças, além de ocultar valores e bens de origem ilícita por meio de empresas e transações comerciais. O esquema de lavagem de dinheiro, segundo a decisão, movimentou aproximadamente R$ 500 milhões. O Ministério Público apontou que as vítimas, muitas delas comerciantes e empresários locais, eram coagidas a pagar dívidas com valores acima do permitido por lei, sob ameaça de violência ou de prejuízos patrimoniais. Algumas vítimas foram ainda forçadas a transferir diversos bens, incluindo imóveis, apartamentos, veículos e estabelecimentos comerciais. Parte do dinheiro arrecadado seria repassado a integrantes da facção criminosa PCC, com atuação no sistema prisional. Durante a operação, foram apreendidos carros de luxo, imóveis e grande quantia em dinheiro. A Justiça determinou o perdimento dos bens e valores bloqueados que estavam em nome dos réus e de pessoas interpostas, considerados fruto das atividades criminosas. A juíza considerou que os elementos colhidos — como interceptações telefônicas, relatórios financeiros e depoimentos de vítimas e testemunhas — comprovam a existência de uma estrutura organizada e divisão de tarefas entre os investigados, confirmando o vínculo criminoso e a prática reiterada dos delitos. Quem são os condenados? Kleber Nunes Faria de Sousa: 115 anos, 2 meses e 5 dias de reclusão, e 2 anos e 8 meses de detenção, além de 454 dias-multa; Nestor Favian Hernandez Perez: 105 anos, 2 meses e 5 dias de reclusão, e 2 anos e 8 meses de detenção, além de 414 dias-multa; Emerson Escobar Lino: 35 anos e 13 dias de reclusão, e 1 ano e 4 meses de detenção, além de 142 dias-multa; Reginaldo Salvador dos Reis: 28 anos e 4 meses de reclusão, e 1 ano e 4 meses de detenção, além de 108 dias-multa; Bruno Feitosa do Nascimento: 14 anos e 2 meses de reclusão, além de 46 dias-multa; Edilberto Robson Ribeiro: 14 anos e 2 meses de reclusão, além de 46 dias-multa; Patrícia Rosana Hernandez Ribeiro: 14 anos e 2 meses de reclusão, além de 46 dias-multa; Nicole de Paiva Reis: 14 anos e 2 meses de reclusão, além de 46 dias-multa; Jackson Fonseca Ribeiro: 9 anos e 4 meses de reclusão, e 1 ano, 6 meses e 20 dias de detenção, além de 60 dias-multa; David da Rocha de Almeida: 8 anos de reclusão, e 1 ano e 4 meses de detenção, além de 52 dias-multa; Wenceslau Monteiro Neto: 8 anos de reclusão, e 1 ano e 4 meses de detenção, além de 52 dias-multa. O que os condenados dizem? O g1 acionou a defesa de dez envolvidos e ainda tenta localizar a defesa de Wenceslau Monteiro Neto. Os advogados de Emerson Escobar Lino informaram que o processo não tem "provas concretas" e que pretendem impor "todos os recursos cabíveis" O advogado de Edilberto Robson Ribeiro e Patrícia Rosana Hernandez Ribeiro disse que ainda não foi intimado. Os advogados de Reginaldo Salvador dos Reis, Jackson Fonseca Ribeiro e David da Rocha de Almeida também disseram que ainda não foram intimados, que informaram que os clientes são inocentes. Veja mais notícias do Vale do Paraíba e região bragantina

FONTE: https://g1.globo.com/sp/vale-do-paraiba-regiao/noticia/2025/11/04/justica-condena-empresarios-a-mais-de-100-anos-de-prisao-por-lavagem-de-dinheiro-extorsao-e-ligacao-com-o-pcc-no-vale-do-paraiba.ghtml


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